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Gestão de Recursos Hídricos
19-10-2021
ANA aponta ações e investimentos necessários para garantir abastecimento de água até 2035
Indicar
os investimentos necessários para o abastecimento urbano de água em todas as
5.570 sedes municipais do Brasil – do manancial até as torneiras – de modo que
elas possam se planejar para atingir uma maior segurança hÃdrica. Com esse
objetivo, a Agência Nacional de Ãguas e Saneamento Básico lançou o Atlas Ãguas – Segurança HÃdrica do Abastecimento Urbano no
dia 18 de outubro, durante o 31º Congresso da Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).
O Atlas Ãguas indica que é necessário um investimento total de R$ 110 bilhões até o horizonte de 2035 em infraestrutura de produção e distribuição de água, reposição de ativos dessas infraestruturas, controle de perdas do recurso e medidas voltadas à gestão para melhorar a segurança hÃdrica das cidades brasileiras. Desse montante, o Sudeste e o Nordeste demandam 76% dos investimentos por terem os maiores contingentes populacionais e, portanto, as maiores demandas pelo recurso.
Em sua segunda edição, o Atlas Ãguas apresenta um novo Ãndice de segurança hÃdrica para todos os municÃpios do Brasil, levando em consideração tanto o Plano Nacional de Segurança HÃdrica (PNSH) quanto as recentes crises hÃdricas ocorridas em diferentes regiões do PaÃs. Nesse sentido, o levantamento aponta que 77,3 milhões de brasileiros (36% da população urbana) vivem em 1.975 cidades com abastecimento de água classificado com segurança hÃdrica média; 50,8 milhões em 785 cidades com segurança hÃdrica baixa ou mÃnima; 50,2 milhões em 2.143 sedes urbanas com alta segurança hÃdrica; e 7 milhões em 667 cidades com segurança hÃdrica máxima.
Para o Atlas chegar a esses números, foi necessária a análise de 4.063 pontos de captações de águas superficiais e 14.189 captações subterrâneas. Essa avaliação da segurança hÃdrica das sedes municipais também considerou a vulnerabilidade dos mananciais, a capacidade dos sistemas produtores de água, o desempenho dos sistemas de distribuição com base na cobertura da rede e no gerenciamento de perdas de água. Além disso, a base de dados do levantamento envolveu o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), prestadores de serviços de saneamento e instituições públicas e privadas de todo o PaÃs.
Já em termos de vulnerabilidade dos mananciais, 56% das cidades possuem mananciais não vulneráveis no aspecto de segurança hÃdrica, eventos crÃticos (como secas e enchentes), mudanças climáticas e resiliência – totalizando uma população de 105,6 milhões de pessoas. Nas demais 44% das cidades, há mananciais com vulnerabilidade, sendo que as fontes d’água com alta vulnerabilidade atendem a 5,8 milhões de habitantes. Em 39% das cidades, há sistemas produtores de água satisfatórios, em 42% são necessárias ampliações das unidades e em 19% há necessidade de adequações nos sistemas.
Com relação à s perdas de água no abastecimento, o Atlas indica que 22% das cidades brasileiras utilizam os recursos hÃdricos de modo ineficiente (Classe D), 13% necessitam reduzir vazamentos (Classe C), 19% têm potencial para melhorias significativas no tema (Classe B) e 46% precisam realizar avaliações para confirmar a efetividade das melhorias nos Ãndices de perdas (Classe A2). Nenhum municÃpio brasileiro está na Classe A1, a mais eficiente segundo a classificação internacional. Sobre os Ãndices de cobertura do abastecimento, 3.574 cidades têm Ãndices superiores a 97%; 725 possuem cobertura entre 90% e 97%; 732 sedes urbanas registram um patamar de 70% a 90%; enquanto 539 apresentam Ãndice inferior a 70%.
Os dados da publicação poderão ser acessados via hotsite doAtlas Ãguas e por meio de aplicativo de celular Ãgua e Esgotos, que é gratuito e está disponÃvel na Google Play Store (para dispositivos Android) e na App Store (iOS). Com isso, órgãos governamentais, prestadores de serviços de abastecimento e a sociedade em geral poderão acessar as informações nacionais, regionais, estaduais ou municipais sobre o tema.
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Acesse aqui os dados do Distrito Federal e dos estados do Centro-Oeste;
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Acesse aqui os dados dos estados do Norte;
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Acesse aqui os dados dos estados do Sudeste;
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Acesse aqui os dados dos estados do Sul.
Fonte: ANA

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